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Revista Pausa na Rede

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Neste lindo dossiê, cheio de experiências potentes de pesquisa, temos o suplemento especial da 3ª edição da Revista Pausa na Rede, que soma muitos grupos de pesquisa, artistas, curadores e apoiadores numa publicação artística muito especial.

           

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Abstrato

           Substrato trata-se de um apanhado de poesias escritas em diversos contextos de percepção e sentidos: de lugar, de idade, de ‘espiritualidade’ e comportamental de minha vida em momentos reflexivos para expressar no papel (e aí vale tudo desde o guardanapo, livro de leitura, capa de vinil ou outros recursos quaisquer à mão) para expor o que sentira inquietamente. Abstrato/Substrato transcorre em dois parâmetros de produção e percepção: uma do imaginário existente ou não, ou do mundo a se criar pela percepção do real de se sentir e não tocar e a da essência para que esse processo ocorra, em um exemplo básico: como a música quando sentimos em sua intocável ou impalpável presença com a qual nos aflora sentimentos (abstrato) e a sua fonte essencial de criação que se constitui pela vibração do som (substrato) produto da musicalidade. Por essa linha de pensamento e criação sigo por estar congruente com o campo da arte musical pelo qual sou um aprendiz apaixonado.

Em forma de gratidão, esse resgate transformacional das poesias em livro registro só ocorreu pelo incentivo e estímulo da esposa (Josefa Mirian) que apreciava de lê-las espalhadas em diversos objetos o que ocasionou a perda de muitas outras por motivos de mudanças. Mas, continuou escrevendo, afinal o poeta nunca está satisfeito e estanque. Hei, empresta um pedaço de papel aí, pintou uma ideia aqui!

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Leonário Antonio de Sousa.

Nordestinos atravessando fronteiras

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Esta “prosa” se apresenta como uma celebração da ancestralidade nordestina, evidenciando perspectivas muito individuais dos espaços que se quer defender, que se quer expor, que se quer tornar visível. O lugar dos descendentes nordestinos que saíram em busca de outros espaços e vivem fora do âmbito do lar, de um lar que não lhes pertence mais, e de vivências em outros locais que não representam suas raízes, embora estejam sempre recriando vínculos na perambulação pelo mundo.

A narrativa mantém como centro a relação do nordestino sertanejo com a água e a terra, enquanto humano retirante (retirado) movente em espaços diversificados tentando se ressignificar. Com mesclas das memórias familiares, das conversas íntimas e das trocas de experiência e vivências, as narrativas encontram posicionamentos significativos de vida humana.

Despretensiosamente, as autoras (irmãs) dialogam com as memórias narradas pela mãe (D. Zeza) para escrever essa homenagem ao pai (Manoel), falecido enquanto se constituía idoso, condição ainda pungente no Brasil.

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Os Orionitas no Extremo Norte de Goiás​

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O livro narra a história da implantação da religião católica no antigo extremo norte de Goiás, região do atual norte do Tocantins a partir da década de 1950, processo colocado em prática por um grupo de religiosos italianos, os missionários orionitas. Eles institucionalizaram o catolicismo na região, mediante ações no campo da saúde, da educação e na construção de templos religiosos.

Segundo o autor, o livro mostra como esses religiosos atuaram na região em nome do projeto de erguer a igreja. Na obra, o leitor se dará conta de que existiram conflitos religiosos entre os orionitas e outras denominações religiosas, como esses conflitos se deram, as mortes trágicas que ocorreram entre os próprios orionitas e, ainda, os bastidores mais curiosos de todo o processo: a existência de um amor entre dois dos mais importantes religiosos da época e mais, as intrigas internas que existiram em plena missão religiosa, intrigas que terminaram por determinar os rumos da missão orionita na região.

Entre ficar e ir: renascer​

 

No "anúncio" que abre seu novo livro, o autor fala da distribuição dos poemas em duas partes: a dos poemas de amor e a dos dedicados ao espírito. Chegando aos do espírito, não é que encontramos ainda lá o amor, com tema afetante, atravessando toda a produção? Nessa segunda parte ressalto a beleza de Caminho, com sua orientação profundamente religiosa, como uma oração, retomando versos do livro de Gênesis. Há ali uma orientação para os que buscam uma conjunção com o divino: "e que cada qual deve sre bom".

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